#002 Claude Monet – Um mar de impressões

Nenhum artista estudou com tanto afinco os efeitos que a luz provocava sobre as cores da natureza quanto o pintor francês Claude Monet. Em seus quadros, tentava recriar as diferentes nuances que as tonalidades assumiam em determinados horários do dia, sem preocupação em reproduzir coisas belas, mas sim o que via e à sua maneira. Com a obra Impressão, nascer do sol, ele revolucionou a história da arte e ajudou a nomear o movimento em que é um dos principais representantes: o Impressionismo.

Oscar-Claude Monet nasceu em Paris, em 1840. Sua família tinha uma modesta mercearia para a qual Monet estava destinado, porém a sua paixão pela arte surgiu desde cedo mudando o seu destino para o de um bem-sucedido pintor impressionista. Em 1851 ele cursou a escola secundária de artes e já era famoso por suas caricaturas. Alguns anos depois, na Normandia, conheceu o artista Eugène Boudin que lhe despertou o interesse pela pintura ao ar livre.

Para aprimorar a sua arte, em 1859 ele passou a frequentar a academia suíça de Paris, porém já avesso às normas clássicas da pintura acadêmica, foi estudar artes em 1862 com Charles Gleyer onde é introduzido ao círculo de outros artistas com ideias vanguardistas e que viriam a se juntar ao futuro movimento impressionista, como Camille Pissarro e Renoir.

Os primeiros anos artísticos de Monet foram marcados por forte rejeição da crítica e do público. Muitos diziam que seus quadros pareciam esboços, que causavam a impressão de não estarem terminados. Longe de se intimidar com tais comentários, o pintor francês seguiu desenvolvendo as suas técnicas de pintura que buscavam transmitir impressões de um momento efêmero, fugidio e eram marcadas pela ausência de contorno, pinceladas rápidas e soltas, sombras retratadas de maneira luminosa e colorida, além do uso de cores puras e que não são misturadas na paleta, o que ocasiona um efeito decomposto e que só toma forma à certa distância.

Quando se estabeleceu em Giverny, na Normandia, na década de 1890 com sua segunda esposa, Claude Monet já era bastante reconhecido por sua contribuição artística e sua genialidade. Em sua residência, o pintor francês impressionista criou um jardim aquático magnífico com a ajuda de um jardineiro japonês. No local foram colocadas flores de diversas espécimes e uma ponte japonesa. Monet ficava fascinado com a composição das cores e a luz que incidia sobre o Jardim de Águas, o que serviu de inspiração para diversas de suas obras, entre elas está uma série intitulada as Nenúfares.

As Nenúfares de Monet são compostas de aproximadamente 250 pinturas a quais ele se dedicou até o fim da vida em 1926. Muitas destas telas foram pintadas quando ele já sofria de catarata e assumem a impressão de estarem sendo observadas embaixo d’água. As Nenúfares do Orangerie são um conjunto de oito painéis com 2 metros de altura cada, projetados para serem expostos em um círculo um ao lado do outro para que o espectador tenha a sensação de estar observando a passagem das estações ou o decorrer de um dia.

Para conhecer mais obras do artista acesse a pasta que criamos: https://br.pinterest.com/thaisslaski/arte-matérias-do-site/claude-monet/

Crédito Imagens:
National Gallery of Art, Washington, DC
The National Museum of Western Art, Tokyo
https://commons.wikimedia.org/
koorosmaps.com
Flammarion

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