Tomie Ohtake – o abstracionismo na arte brasileira

Consagrada como uma espécie de embaixatriz da arte e cultura no Brasil, a japonesa naturalizada brasileira Tomie Ohtake é um exemplo de que se pode obter êxito na carreira artística mesmo iniciando-a tardiamente. Representante do movimento abstracionista, a artista destacou-se na pintura, gravura e escultura, contabilizando mais de 120 exposições individuais, outras centenas coletivamente e diversas premiações em seu currículo.

Tomie Nakakubo nasceu em 21 de novembro de 1913 na cidade de Kyoto, no Japão. Em seu país natal, a jovem Tomie sempre teve contato com a arte da caligrafia, tão valorizada nos países orientais. Assim, mesmo que informalmente, não demorou a começar a desenhar.

Aos 21 anos veio ao Brasil para visitar um de seus irmãos, entretanto este adiou o retorno da irmã ao Japão devido às tensões políticas vividas pelo país na época. Tomie então conheceu o engenheiro agrônomo Ushio Ohtake com quem se casou em 1937 e o que inicialmente era para ser uma breve visita ao Brasil, tornou-se sua residência definitiva.

Diferente de outros artistas famosos, Tomie começou a pintar quando já estava com 40 anos e atingiu o seu auge artístico por volta dos 50 anos. Incentivada a pintar pelo artista Keiya Sugano, começou a explorar nas suas primeiras telas imagens que lembram nebulosas, com a preferência no uso de duas ou três cores predominantemente.

Dois anos após começar a pintar, passou a integrar o Grupo Seibi, prestigiada associação japonesa situada na zona sul de São Paulo que tinha como objetivo ser um espaço para produção, divulgação e discussão sobre obras produzidas por japoneses e descendentes de japoneses. Esta foi a primeira ocasião em que as telas de Tomie Ohtake puderam ser notadas, rendendo-lhe até mesmo uma menção honrosa.

Quando a sua obra floresce, em meados da década de 60, há a recorrência do uso de tons contrastantes com pinceladas que exploram a transparência e equilíbrio das cores, através de uma tinta muito diluída. Em suas pinturas dessa época, a artista busca expressividade ao destacar figuras geométricas coloridas. Nesta década, foi premiada no Salão Nacional de Arte Moderna e abençoada com a Ordem do Rio Branco pela concepção da obra comemorativa aos 80 anos da imigração japonesa, em São Paulo.

Já em 1970, Tomie Ohtake inicia a sua produção de gravuras com serigrafia e litogravura. Já em seus quadros, mesmo que de caráter abstrato, há a insinuação de paisagens com destaque para linhas curvas e formas orgânicas. Ainda na década de 1970, a artista foi convidada a participar da Bienal de Veneza.

Enfim, é na década de 1980 que os tons mais quentes e os contrastes mais intensos de cores permeiam as suas obras, também há uma intensa produção de obras e monumentos públicos. Em 1983 o MASP realiza uma grande retrospectiva sobre artista, tornando o nome de Tomie Ohtake reconhecido pelo grande público. É desta época a escultura Estrela do Mar (1985) obra que se situava no espelho d’água da Lagoa Rodrigo de Freitas e posteriormente foi desmontada e perdida na década de 1990.

As criações de Tomie Ohtake continuaram a todo vapor na década de noventa. Suas telas voltaram a exibir as pinceladas delicadas e harmoniosas, além do uso de cores uniformes. Em 1991, criou os quatro painéis em pastilha vitrificada da Estação Consolação do Metrô. E na 23ª Bienal de São Paulo, em 1995, ganhou uma sala especial apenas com suas esculturas.

Nos anos 2000 foi criado o Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, com o intuito de ser um espaço que pudesse abrigar mostras nacionais e internacionais de artes plásticas, arquitetura e design. Embora já na casa dos 90 anos, a artista não parou de produzir as suas obras com regularidade. Tomie Ohtake faleceu em 2015, aos 101 anos de idade.

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Pintura Chinesa

Se no ocidente o jogo de luzes e cores ganham destaque nos quadros, na Pintura Chinesa é o traço delicado e expressivo que dominam as telas. A arte milenar chinesa tem como base o pincel, a tinta, o papel e os tinteiros. Assim, em suas representações há uma predominância de paisagens, personagens, flores e pássaros com múltiplas perspectivas e sobreposição de figuras.

Desta maneira, a tinta utilizada nas pinturas é preparada a partir de uma barra de tinta sólida. O efeito obtido pela tinta se dá através da utilização de muita ou pouca água, dependendo do que o artista deseja criar. O papel utilizado é o xuan, criado através da amoreira, bambu ou juta que resulta em um papel de cor branca e bastante resistente.

A arte pictórica na China é um elemento tradicional e se desenvolveu há milhares de anos até os dias de hoje. Os períodos são divididos em dinastias, começando pelo Período da Primavera e do Outono (770 a.C. – 221 a.C.) até o Período da Dinastia Song do Norte (960-1127) e Song do Sul (1127-1279), cada um assumindo características artísticas bem distintas.

A pintura chinesa assume um tom poético ao combinar a pintura, caligrafia e poesia, denominadas como as três perfeições. Reunidas com o intuito de expressar o sentimento do artista, tal qual uma melodia. Para tanto, recorre-se a pontos, traços e à energia da pincelada.

A pintura chinesa assume diversos formatos, sendo os mais comuns o rolo, o horizontal e a faixa. Em sua composição observam-se elementos característicos, tais como organização geral e direções das figuras, a densidade da paisagem, o vácuo como representação do céu ou infinito e as inscrições que contemplam o título, o conteúdo, seja uma descrição, poema ou história, o nome do autor e seu selo.

A arte chinesa assume proporções estéticas e sociais ao trazer em suas produções questões análogas à vida humana, suas filosofias e concepção de sociedade através de simbolismos e uma delicadeza que convidam à contemplação.

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Чжан Дацянь

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Arte Egípcia

A arte egípcia se desenvolveu há mais de 3000 a.C. por meio da civilização do Antigo Egito, em diversas áreas tais como pintura, escultura e arquitetura e é objeto de estudo e admiração até os dias de hoje. Com predominância de temas religiosos, a arte egípcia é demarcada por diversos períodos e estilos como Época Tinica, Reino Antigo, Reino Médio, Reino Novo, Época Baixa, Período Ptolemaico, entre outros períodos intermediários.

Após se decifrar os hieróglifos através da Pedra Roseta foi possível chegar a uma maior compreensão da cultura egípcia, seus hábitos sociais e modo de pensar. Neste ínterim, também é possível rastrear a motivação que levava os egípcios a conceber as suas obras artísticas.

No âmbito religioso, os egípcios acreditavam na imortalidade da alma, e na maior parte de suas pinturas e esculturas é retratado o culto aos mortos, as divindades que compunham a mitologia egípcia, além da figura do faraó que tinha um papel de soberania.

Com ausência de expressão, as figuras eram retratadas com uma proporcionalidade que revelava a sua importância dentro da sociedade. Por isso, o faraó era sempre a maior figura e o destaque em uma representação e esta proporcionalidade era replicada aos diferentes escalões, até chegar aos escravos que estavam no último nível da Pirâmide Social Egípcia.

As cores usadas na pintura egípcia são obtidas diretamente da natureza e são permeadas por uma função simbólica que vai além da estética. Desta maneira, o preto era associado á noite a à morte, o branco à pureza, o amarelo representava a eternidade, o vermelho era energia, poder e sexualidade, o verde simbolizava a vida e o azul estava associado ao rio Nilo e ao céu.

Além disso, as figuras eram representadas de maneira bidimensional e conforme a Lei da Frontalidade, com ângulos restritos de visão, ou seja, de frente, de perfil ou de cima. Em sua maior parte com a cabeça e os pés de perfil e o corpo de frente.

O insuperável conhecimento arquitetônico dos egípcios se revela através das impressionantes Pirâmides. Construídas com blocos de pedra, tinham um caráter de solidez e imponência para transmitir um sentimento de eternidade e serviam como túmulo para os faraós.

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Surrealismo

Movimento que surgiu entre as duas Guerras Mundiais, o Surrealismo recebeu influência do Dadaísmo, além de se apoiar nas teorias psicanalíticas de Sigmund Freud e nas pinturas metafísicas de Giorgio De Chirico. É um dos estilos de vanguarda que abriram as portas para o modernismo e marcou presença não apenas nas artes plásticas, como também na literatura, teatro e cinema.

Os anos entre 1918 e 1939 foram marcados pelas duas grandes Guerras e fizeram nascer mundialmente um sentimento de insatisfação, mudanças de valores, contradições e uma intensa vontade de viver o presente, por este motivo, o período ficou conhecido como “os anos loucos”. Cercada por todas essas transformações, a Paris da década de 1920 foi palco de mais um importante movimento que marcou a história da arte: o Surrealismo.

O movimento surrealista, pegou o gancho da época e propôs a valorização do inconsciente, em contrapartida ao racionalismo e ao materialismo tão enraizado nas sociedades ocidentais. Partindo deste princípio, as obras surrealistas são concebidas muitas vezes de maneira automática ou através do Onirismo, buscando concatenar sonho e realidade em suas representações pictóricas.

A principal característica do surrealismo era explorar a imaginação e se desprender do consciente, para isto, os pintores surrealistas trabalhavam em suas telas objetos com justaposição inesperada, símbolos e paisagens obtendo imagens com teor fantasioso. Um verdadeiro mundo de sonho em composições totalmente abstratas e muitas vezes absurdas. René Magritte, Max Ernst, Joan Miró e Salvador Dalí assinam as obras mais importantes do período surrealista, como Les amants (Magritte, 1928), Les Hommes n’en sauront rien (Ernst, 1923), O Caçador (Miró, 1924) e A Persistência da Memória (Dalí, 1931).

Salvador Dalí, o nome mais forte do Surrealismo, chegou até mesmo a ser expulso pelo artista André Breton, um dos precursores do movimento, devido a divergências políticas, mas isso não foi o suficiente para desassociar o nome de Dalí do estilo surrealista. O artista explorava como nenhum outro as imagens oníricas em suas telas, como pode ser observado na famosa obra A Persistência da Memória que o pintor espanhol diz ter concebido em apenas 5 horas. No quadro se destacam os icônicos relógios derretidos, em meio a uma paisagem aparentemente comum.

Quer saber mais sobre Salvador Dali? Leia a matéria que fizemos sobre ele, acesse:

Salvador Dalí – as excentricidades de um gênio surrealista

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Diego Rivera – o muralismo mexicano

Renomado artista plástico mexicano, Diego Rivera destacou-se na prática do muralismo. Através de seu trabalho artístico, buscava resgatar as raízes de seu povo e enaltecer a cultura mexicana. Famoso por suas ideologias políticas e vida amorosa conturbada, teve quatro casamentos, um dos quais com ninguém menos que Frida Kahlo.

Nascido Diego María de la Concepción Juan Nepomuceno Estanislao de la Rivera y Barrientos Acosta y Rodríguez, em 8 de dezembro de 1886, em Guanajuato, México, Diego Rivera estudou pintura desde a adolescência e aos 20 e poucos anos ganhou uma bolsa para estudar na Europa.

Rivera permaneceu na Europa de 1907 a 1921 e teve contato com diversas figuras artísticas de destaque e que viriam a influenciar a sua obra como Picasso, Dalí, Miró e o arquiteto Antonio Gaudí.

De volta a seu país natal, Diego Rivera foca a sua produção artística no muralismo mexicano, uma vez que julgava a pintura tradicional como uma expressão da burguesia e que por fim, acabava em uma coleção particular. Por meio de seus grandes murais, o artista retratava a história da cultura mexicana, buscando torna-la acessível ao povo.

Diego Rivera era ateu e comunista, dois aspectos de sua vida que deixava transparecer fortemente em sua produção artística. Em 1930 o artista mexicano empreendeu uma viagem aos Estados Unidos, onde permaneceu por 4 anos. No país norte-americano, Rivera pintou diversos murais, destacando-se um no Rockfeller Center que foi eliminado antes mesmo de sua conclusão, pois o conteúdo era uma dura crítica ao capitalismo.

Em outra ocasião, a obra Sonho de uma tarde dominical na Alameda Central de Diego Rivera ficou oculta por 9 anos, pois o artista pintou o escritor e jornalista Ignacio Ramirez segurando um cartaz com a inscrição “Deus não existe”. O mural só foi exposto após Rivera concordar em retirar a frase polêmica.

Entre as principais obras de Diego Rivera destacam-se Frozen Assets (1931), Vendedora de Flores (1941) e Carregador de Flores (1935). O artista era dotado de um estilo expressivo, abordando temas nacionais, sociais e culturais de forma direta, fazendo uso abundante de cores vivas. Diego Rivera faleceu aos 70 anos, deixando uma vasta obra composta por mais de três mil quadros, cinco mil desenhos e por volta de cinco mil metros de murais.

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Burle Marx – arte e paisagismo no Brasil

Célebre artista plástico brasileiro, Burle Marx ganhou fama internacional com o seu trabalho na área de paisagismo. Visionário e multidisciplinar, Burle Marx desenvolveu também trabalhos como pintor, gravador, litógrafo, escultor, tapeceiro, ceramista, design de joias e decorador.

Nascido em 4 de agosto de 1909, em São Paulo, Roberto Burle Marx era filho do alemão Wilhelm Marx e da brasileira Cecília Burle. Pianista e cantora, Cecília Burle desperto no filho o amor pelas artes e jardinagem desde cedo.

Burle Marx mudou-se com a família para Alemanha durante o período de 1928 a 1929. Além de ter contato com as vanguardas artísticas, visitou exposições de artistas de destaque como Picasso, Matisse e Van Gogh, e também estudou pintura no ateliê de Degner Klemn.

De volta ao Brasil, Burle Marx foi estudar artes plásticas na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, onde conviveu com figuras importantes da arquitetura moderna brasileira, como Oscar Niemeyer.

Seu primeiro projeto na área de paisagismo foi a Praça de Casa Forte no Recife. Na cidade nordestina Burle Marx assumiu o cargo Diretor de Parques e Jardins do Departamento de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco o que lhe permitiu desenvolver outros grandes projetos como a Praça do Entroncamento, Praça Euclides da Cunha, entre outras.

Burle Marx exerceu um papel fundamental na definição da Arquitetura Moderna Brasileira. Foi um dos primeiros a inserir plantas nativas nos projetos dos jardins nacionais e suas ideias vanguardistas misturam arquitetura, paisagismo, botânica e sustentabilidade, proporcionando uma verdadeira obra de arte nos espaços públicos.

Outros projetos de destaque de Burle Marx são os Jardins do Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, Paisagismo do Eixo Monumental, em Brasília, Parque do Ibirapuera, em São Paulo. O artista brasileiro projetou mais de dois mil jardins e faleceu aos 84 anos de idade, no Rio de Janeiro.

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Frida Kahlo – força e superação através da pintu

Uma das artistas mexicanas mais influentes do século XX, Frida Kahlo teve sua vida marcada de acontecimentos trágicos, mas que a levaram a encontrar na arte e uma forma de superação.

Foi na famosa Casa Azul, atual museu dedicado à artista, que nasceu Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón, em 6 de julho de 1907, em Coyacán, no México. Filha do fotógrafo alemão Guillermo Kahlo e da espanhola Matilde Gonzalez y Calderón.

De 1922 a 1925 Frida Kahlo assistiu aulas de desenho e modelagem na Escola Nacional Preparatória do Distrito Federal do México. Em 1925 aprendeu técnicas de gravura com Fernando Fernandez.

Além de ter contraído poliomielite aos seis anos de idade, doença que provocou uma lesão no seu pé direito, Frida sofreu, aos 18 anos, um grave acidente de ônibus que lhe causou uma fratura pélvica e hemorragia. Foi durante a sua convalescença que a jovem começou a pintar. Seu pai adaptou um cavalete para que ela pudesse pintar mesmo deitada na cama do hospital.

Em 1928 ela entrou para o Partido Comunista, época em que conheceu Diego Rivera, com quem se casou um ano depois. Rivera, também era artista e dedicava-se à pintura de murais, e exerceu forte influência no desenvolvimento do estilo marcante de Frida.

Além de seus famosos autorretratos e fotografias, Frida buscava retratar em sua arte temas nacionais para resgatar a memória cultural de seu povo, recorrendo ao folclore, elementos indígenas e à arte popular mexicana. Além disso, trazia para seus quadros temas como os abortos espontâneos que sofreu, cenas hospitalares, dor, sofrimento e superação.

Suas telas recebiam cores fortes e vivas, além de contarem com elementos considerados surrealistas. Frida dizia não se enquadrar no surrealismo, uma vez que para ela “não pintava sonhos, mas sim a sua própria realidade”.

Frida ganhou fama internacional após a sua primeira exposição individual em Nova Iorque, em 1939. Posteriormente fez exposições em Paris, onde teve a oportunidade conhecer pintores como Pablo Picasso e Michel Duchamp.

Entre as principais obras de Frida Kahlo, destacam-se Aurorretrato com um vestido de veludo, O ônibus, As duas Fridas, Diego em meu pensamento e Autorretrato com Macaco. A artista foi a primeira mexicana a ter as suas obras expostas no Museu do Louvre, em Paris. Frida faleceu em 13 de julho de 1954.

Frida tem um vasto registro fotográfico desde a infância pois seu pai era fotógrafo. Nós reunimos fotografias de varios períodos da vida da artista que encontramos na internet em uma pasta no Pinterest, acesse:

https://pin.it/g3rttea2dkjor2

Crédito Imagens:

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Os Gêmeos – A arte que dá vida ao cenário urbano

Nos anos 1980, a cultura hip hop ganhou força no Brasil e, em São Paulo, dois irmãos gêmeos do bairro do Cambuci começaram a explorar os espaços públicos para se expressar por meio do grafite. A arte dos Gêmeos invadiu muros, prédios e galerias do Brasil e do mundo.

Nomes importantes do grafite brasileiro e da street art, Otávio e Gustavo Pandolfo, Os Gêmeos, nasceram em 1974 na cidade de São Paulo. Desde muito pequenos se interessaram por arte e encontraram na cena urbana uma forma de dar vazão à criatividade e imaginação com um tom bastante questionador. Incentivados por seus pais, os irmãos cresceram desenhando e acompanharam de perto os movimentos artísticos que despontavam no centro paulistano e que foram cruciais para o desenvolvimento de seu trabalho.

A inspiração dos artistas plásticos e grafiteiros nasceu da observação do hip hop, dos dançarinos de break e da cultura de rua, estilos marcantes para quem cresceu e viveu no cenário paulistano do final dos anos 1980 até o fim de1990. O grafite norte americano também influenciou a criação dos primeiros trabalhos dos jovens que começaram a testar e desenvolver técnicas de pintura nos muros da cidade munidos de suas latinhas de spray. Além disso, era necessário um forte poder de improviso, pois não havia a mesma facilidade de comunicação e acesso à informação que a dos dias atuais.

O que mais chama atenção para o trabalho dos OSGEMEOS, como eles assinam as suas obras, é a maneira como um complementa o outro artisticamente. No site dos artistas há a seguinte afirmação em destaque: “Nosso processo criativo é tão natural para nós, que é até difícil de explicar. Parece que existe um fio, vamos sempre estar conectados, mesmo quando estamos longe um do outro. É um vínculo eterno.”

O universo lúdico da dupla de grafiteiros invade o espaço urbano em tom de sonho com elementos folclóricos e histórias populares, além de frases de protesto ou reflexão, retratando figuras com rostos largos e membros algumas vezes desproporcionais, em meio a uma abundância de cores com destaque para o amarelo. Um exemplo é a obra O Estrangeiro que foi pintada em 2009 pela dupla em um prédio do Vale do Anhangabaú (que foi posteriormente removida).

Em entrevista para a Haus, da Gazeta do Povo, a dupla de grafiteiros comentou que “Sempre tenta transformar algum aspecto negativo [da cidade] em positivo, mesmo que de maneira impactante”. Além de enxergar o grafite como um elemento de “respiro” em meio ao caos da cidade.

O trabalho dos OSGEMEOS ganhou destaque primeiro internacionalmente, depois começaram a serem reconhecidos no Brasil. Suas obras já foram apreciadas em mostras individuais e coletivas em museus e galerias de vários países como Cuba, Chile, Estados Unidos, Itália, Espanha, Inglaterra, Alemanha, Lituânia e Japão.

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Franz Gertsch – a perfeição realista na arte contemporânea

As obras do pintor suíço Franz Gertsch impressionam não apenas por serem concebidas em telas que ultrapassam os dois metros de altura, mas também pelos detalhes surpreendentemente realistas.

Nascido em 08 de março de 1930 na suíça, Franz Gertsch começou a estudar pintura na escola Max Rudolf von Mühlenen e Hans Schwarzenbach, em Berna. Contudo, foi no final da década de 1960 que o artista começou a pintar empregando detalhes realistas.

Para a concepção de suas obras, Franz Gertsch recorre muitas vezes ao uso de lápis-lazúli, azurita e malaquita para distanciar-se da imagem previamente fotografada que utiliza como base para suas pinturas ou xilogravuras. Apesar da característica realista de suas pinturas, Franz Gertsch desenvolve representações com modificações que nascem de sua imaginação.

Uma das suas mais famosas séries de pinturas são os retratos da cantora norte-americana Patti Smith que datam de 1977 a 1979. Com recortes seletivos, as obras oferecem um relato concebido pela criatividade artística de Franz Gertsch. Desta fase também se destaca um autorretrato do artista, feito em 1980.

Suas pinturas possuem referências tanto da Pop Art, quanto das técnicas mais tradicionais de pintura a óleo. Já suas xilogravuras ganham um tom abstrato com representações detalhistas de águas ondulando ou das lâminas de grama, como pode ser observado nas obras Maria II (2017) e Gräser I (1995/96).

O trabalho artístico de Franz Gerstch se desenvolveu meticulosamente para retratos e paisagens em grande escala, dotados de um realismo que impressiona em cada detalhe. Suas obras foram diversas vezes incluídas em exposições renomadas como documenta 5 em 1972, em Kassel e na Bienal de Veneza de 1999.

Atualmente suas obras podem ser encontradas no Museu de Arte da Filadélfia, no Kunstmuseum Lucerne, na Suíça, e no Museu Franz Gertsch, construído em 1998 Burgdorf, na Suíça, em parceria com o empreendedor suíço Willy Michel.

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As divertidas e encantadoras obras de Beatrix Potter

Beatrix Potter é a ilustradora e autoras das divertidas travessuras de Petter Habbit, obra que alçou o seu nome como uma das mais ilustres escritoras de livros infantis. Apaixonada pelo campo e pelos animais, a autora dedicou uma boa parte do dinheiro obtido com a venda dos seus livros para comprar terras e fazendas com o intuito de preservá-las.

Nascida em 28 de julho de 1866, em Londres, na Inglaterra, Helen Beatrix Potter era uma criança de temperamento tímido e quieto. Educada em casa por governantas, a jovem Beatrix cresceu cercada pela natureza e animais de estimação que passou a desenhar aos nove anos de idade.

As suas férias de verão com a família costumavam ser no campo, em Perthshire, na Escócia e posteriormente Lake District, na Grã-Bretanha. Foi nesses lugares que ela aprendeu a amar a natureza e a importância de sua preservação. Também foi educada em artes e histórias natural, fatores que seriam determinantes para o desenvolvimento de seu trabalho.

Suas primeiras influências artísticas foram os contos de fadas, as fábulas de Esopo, Hans Christian Andersen e dos Irmãos Grim, além da mitologia escocesa. Beatrix passou a ilustrar estas histórias, mas com um ingrediente muito especial: seus animais de estimação sempre figuravam entre os personagens. A jovem também era assídua frequentadora das galerias de artes de Londres.

Ainda adolescente ela começou a vender cartões de Natal que ela e o irmão ilustravam. Nesta época Beatrix desenvolveu o hábito de se corresponder através de cartas com as crianças que conhecia, muitas vezes, estas crianças eram filhos de suas governantas.

Estas cartas eram recheadas de encantadoras ilustrações e histórias que ela mesma criava e para jovem foi um verdadeiro treino para a carreira artística. Uma das cartas inclusive, continha a história de quatro coelhinhos chamados Flopsy, Mopsy, Cottontail e Peter que se tornaram a base de seus trabalhos.

Em 1890, Beatrix começou a vender as suas primeiras ilustrações para Hildesheimer and Faulkner. Entretando, apenas em 1902, após diversas rejeições, que a escritora conseguiu publicar o seu primeiro livro As Histórias de Pedro Coelho, pela Frederick Warne & Co. O sucesso repentino da publicação lhe rendeu a venda de mais 20 mil cópias até o Natal daquele ano.

Já no ano seguinte a escritora e ilustradora lançou mais dois livros, A História do Esquilo Trinca-Nozes e O Alfaiate de Gloucester, ambos baseados em cartas que ela escrevia para as crianças. Ao todo, Beatrix Potter lançou 23 livros infantis em toda a sua carreira que já foram traduzidos em 36 línguas e somam mais de 45 milões de exemplares vendidos. Beatrix Potter faleceu aos 77 anos, em Lakeland, deixando para o National Trust mais de 4 mil acres e 15 fazendas.

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