Ideia e Pintura

Essa dica é um trecho da aula #002 (assista ao vídeo completo: https://youtu.be/zQ0EmjcatzE ), onde conto como criei a “Árvore Inundada”, óleo sobre tela, 2017. Além de ver como encontrei a paisagem que imaginava, explico na aula de que forma esbocei o primeiro desenho do quadro que me deu base para agregar elementos da minha imaginação.

Fui buscar inspiração no impressionismo e olhei muito o livro “Monet Water Lilies, the complete series”, Jean Dominique Rey e Denis Rouart enquanto pintava o quadro. Mas a minha pintura não é impressionista, é arte contemporânea, e beber na fonte pura dos jardins de Giverny é sempre saboroso, te convido a vir comigo! 🙂

Todas as semanas nossos vídeos são acompanhados de materiais complementares de estudo aqui no site e essa semana teremos matérias sobre o Movimento Impressionista, sobre o pintor Claude Monet, o uso da técnica do quadriculado para ampliar (ou diminuir) desenhos entre outras novidades. Confira:

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Das Savanas às Florestas Tropicais – Conheça quatro animais importantes de diferentes biomas

Lobo-Guará – Símbolo da Conservação dos Cerrados

O Cerrado corresponde ao segundo maior domínio brasileiro, com alta biodiversidade, clima quente, períodos de chuva e seca. A vegetação é constituída de gramíneas, arbustos e árvores esparsas. É neste cenário que se encontram uma ampla variedade de espécies de animais, entre elas, o elegante lobo-guará.

Animal típico do Cerrado, o lobo-guará atinge entre 20 e 30 kg e é o maior canídeo das Savanas sul-americanas, possui pernas longas e finas e característica pelagem avermelhada. Além do Brasil, pode ser encontrado no Paraguai, Argentina, Bolívia e Uruguai. De hábitos solitários e crepusculares, os lobos-guarás são onívoros, ou seja, possuem capacidade para digerir diferentes grupos alimentares. Além disso, exercem um papel importante na disseminação de sementes e frutos do cerrado, por isso, a preservação da espécie é muito importante para a conservação deste bioma.

Bicho-Preguiça – Um dos animais mais simpáticos da Mata-Atlântica

A Mata Atlântica localiza-se na costa leste, sudeste e sul do Brasil e pertence ao bioma de floresta tropical. Curiosamente é onde reside cerca de 70% da população brasileira, corroborando para um acentuado desmatamento da área. Calcula-se que atualmente exista apenas 15,3% de área natural onde é possível encontrar cerca de 20 mil espécies vegetais, 850 espécies de aves, 370 de anfíbios, 200 de répteis, 270 de mamíferos e 350 de peixes.

É neste ambiente de rica biodiversidade que se encontra a Folivora, popularmente conhecida como bicho-preguiça. O nome popular decorre de seu metabolismo lento, responsável pelos igualmente lentos movimentos. Aparentando estar sempre com um sorriso faceiro, as preguiças são animais herbívoros e inofensivos que dormem por cerca de 14 horas por dia e preferem viver nas copas das árvores de onde descem apenas a cada sete dias para fazer as suas necessidades fisiológicas. Possuem pelagem longa, responsável por uma eficiente camuflagem, e garras longas que ajudam a se fixar nas árvores.

Onça-Pintada – O terceiro maior felino do mundo

Predominantemente encontrada no Pantanal, a onça-pintada tem ocorrência também na Amazônia e Mata Atlântica e em tamanho só perde para o tigre e o leão. Pertence à família Felidae e apresenta padrão característico de pintas em sua curta pelagem, seu peso varia de 56 a 92 kg, mas pode chegar a 158 kg com 1,12 a 1,85 m de comprimento. Mamífero carnívoro, possui hábitos predatórios com grande preferência por animais herbívoros. Carrega também um papel importante no equilíbrio dos ecossistemas e regulação das espécies de presas dos seus habitats.

O Pantanal é um bioma praticamente exclusivo do Brasil, situado no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Caracterize-se por um terreno plano e pouco permeável, que é acometido por inundações de longa duração, clima quente e úmido. Apresenta por volta de 263 espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 113 espécies de répteis, 463 espécies de aves e 132 espécies de mamíferos sendo 2 endêmicas.

Sofre influência também da Amazônia, o maior bioma brasileiro e a maior reserva de biodiversidade, de onde provém 20% da água doce do mundo. Ocupa quase metade do território nacional e cobre os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará e Roraima. Com clima quente e úmido, chuvas torrenciais, rios com fluxo intenso e vegetação onde predominam árvores altas.

Chimpanzé – Semelhança genética de 99% com os humanos

Oriundo das Florestas da África Central e Ocidental, o chimpanzé é um primata que pertence à família Hominidae. Medem entre 75 cm e 95 cm, com peso entre 30 e 55 kg, sua força equivale de 2 a 3 vezes mais a de um homem adulto. São animais de dieta variada em que predomina o consumo de frutas, possuem hábitos diurnos e arborícolas.

Vivem em grupos de cinco até mais de cem indivíduos, com um macho dominante, nas florestas e matas secas de savana e nas florestas tropicais em áreas baixas e até montanhosas no continente africano. São dotados de inteligência comparada a de uma criança humana de 3 anos, além de possuírem ótima memória, em alguns estudos realizados por cientistas chegaram a aprender até mesmo a linguagem dos surdos.

Para conhecer mais, sobre os animais citados, acesse a pasta que criamos:  https://br.pinterest.com/thaisslaski/arte-matérias-do-site/das-savanas-às-florestas-tropicais/

A Origem da Festa Junina – De Celebração Pagã à Festa dos Santos Populares

O Sol, como astro supremo, desde que se tem registro foi cultuado por diversas civilizações ao longo da história da humanidade. O que muita gente não sabe, é que uma das mais famosas e tradicionais celebrações, a Festa Junina, tem suas raízes em decorrência do Solstício de Verão (no hemisfério norte). Incorporada pelo cristianismo como celebração a São João, a Festa Junina ganhou o mundo. No Brasil, desembarcou durante a colonização e o festejo recebeu influências dos povos indígenas, africanos e europeus.

O dia mais longo do ano recebe o nome astronômico de Solstício de Verão e no Hemisfério Norte ocorre por volta do dia 21 de junho, quando o Sol atinge a maior declinação em latitude em relação à linha do Equador, já no Hemisfério Sul, o mesmo ocorre por volta do dia 21 de dezembro. Na Idade Média, uma das celebrações dos povos pagãos europeus, ocorria durante esta passagem da primavera para o verão através de rituais que exaltavam a fertilidade e uma colheita próspera. Entretanto, durante a consolidação da Igreja Católica na Europa, o feriado pagão foi convertido, entre outros, na homenagem ao nascimento de São João Batista, no dia 24 de junho.

Comemorada durante todo o mês de junho, a Festa Junina no Brasil foi trazida pelos portugueses e a base de sua celebração deriva das Festas dos Santos Populares, sendo estas em homenagem a Santo Antônio, São João e São Pedro, respectivamente nos dias 13, 23 e 29 de junho. Cada detalhe da festa remete à sua herança multicultural, como por exemplo, a quadrilha que deriva de uma dança francesa de salão, a música típica e seus mais populares instrumentos como a sanfona que foram trazidos também pelos europeus e hoje é um dos sons característicos do forró nordestino.

O ato de pular fogueira na festa junina também é oriundo das celebrações pagãs. Durante os rituais era comum acender fogueiras para limpezas energéticas, atrair prosperidade e fertilidade para o campo. O catolicismo, contudo, recorreu mais uma vez ao nascimento de São João para explicar a presença da fogueira. Segundo as escrituras sagradas, Isabel, mãe de São João, teria acendido uma fogueira para avisar Maria, mãe de Jesus, sobre o nascimento de seu filho. Um detalhe curioso das comemorações atuais é que a fogueira de cada santo possui um formato diferente, sendo a de São João, redonda, a de Santo Antônio, quadrada e a de São Pedro, triangular.

Independentemente de sua origem, é fato que a festa junina já se incorporou às tradições brasileiras, trazendo elementos do folclore popular, comidas típicas e com um colorido característico que a tornam um dos festejos mais animados do ano.

Picasso & Lump – O registro da amizade entre o pintor e seu cão feito pelo fotógrafo David Douglas Duncan

Se engana quem acha que o artista deve estar sempre rodeado de elementos sérios e intrinsecamente artísticos em seu ateliê ou estúdio para que o processo criativo flua. Um exemplo de como a arte pode se desenvolver em ambiente descontraído, em meio a crianças e até animais, é a amizade que o pintor espanhol Pablo Picasso cultivou com um simpático cachorro da raça Dachshund chamado Lump e que foi registrada pelo fotojornalista David Douglas Duncan.

Famoso por seus registros de combates de guerra e da vida íntima do amigo Pablo Picasso, David Douglas Duncan era também apaixonado por animais. Lump era um dos seus animais de estimação, mas em uma visita de Picasso à caso do amigo, surgiu uma conexão tão grande entre o pintor e o cão salsicha que o fotojornalista decidiu deixá-lo com Picasso. Daí surgiu uma parceria inusitada entre pintor e cão e que foi fielmente captada pelas lentes do próprio Duncan ao longo dos anos e resultou no fotolivro Picasso & Lump: O cachorro que comeu um Picasso, em tradução livre.

As fotos de Duncan trazem Picasso e seu cachorro em situações cotidianas e descontraídas. Segundo relatos, o artista espanhol costumava pintar sozinho, sendo Lump o único que podia acompanhá-lo. Para Pablo Picasso, Lump “não era um cachorro, mas sim um homem pequeno”.

Lump viveu ao lado de Picasso durante seis anos, O animal está presente em diversas das obras do co-fundador do cubismo, entre elas, destaca-se a série “Meninas”, em que Lump aparece em 15 das 44 telas que compõem o trabalho inspirado no quadro As meninas do também pintor espanhol Diego Velázquez.

Contudo um problema de coluna que Lump desenvolveu, colocou fim à parceria. Duncan levou o cachorro para ser tratado na Alemanha e o animal não visitou o seu amigo pintor novamente. Lump morreu em 1973 e coincidentemente Picasso faleceu uma semana depois.