Glauco Rodrigues – a arte contemporânea recontando a história brasileira

Glauco Rodrigues foi um importante pintor brasileiro de arte contemporânea. Ao longo de sua vida também se dedicou aos ofícios de gravador, desenhista, ilustrador e cenógrafo, deixando uma obra marcada por influência da Pop Art em que retrata com humor diversos aspectos da cultura brasileira.

Nascido em 5 de março de 1929 na cidade de Bagé, no Rio Grande do Sul, Glauco Otávio Castilhos Rodrigues iniciou-se em pintura de maneira autodidata por volta de 1945. Estudou com o artista José Moraes em 1949 e ainda naquele ano frequentou durante 3 meses a Escola de Belas Artes, no Rio de Janeiro, ao ser contemplado com uma bolsa de estudos concedida pela Prefeitura de Bagé.

No início da década de 1950 a obra de Glauco Rodrigues é marcada por representações da vida no campo e costumes regionais. Também participa de duas associações de artistas: o Clube de Gravura de Bagé, que ajudou a fundar, e o Clube de Gravura de Porto Alegre. No final desta década, enquanto reside em Roma, na Itália, suas produções se voltam para a abstração. É desta época Paisagem de Porto Alegre, 1957.

Já na década de 1960 o artista retorna ao estilo figurativo e sob a influência da Pop Art concebe obras humoradas com temáticas brasileiras como carnaval, futebol e natureza tropical. Assim nasceram produções como Terra Brasilis, 1970 e Carta de Pero Vaz de Caminha, 1971, em que narra o descobrimento do Brasil por meio de história em quadrinhos. Além de retratar as paisagens e aspectos culturais brasileiros explorando em tom crítico diversos clichês populares, Glauco Rodrigues mescla a utilização de personagens históricos e contemporâneos.

Entre outras obras famosas de Glauco Rodrigues destaca-se o quadro A Primeira Missa do Brasil, com a qual o governo brasileiro presenteou o Papa João Paulo II em sua visita ao Brasil em 1980 e que se trata de uma releitura de uma obra homônima do artista Victor Meirelles. Rodrigues foi o criador da primeira versão da capa do livro Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo, como também do cartaz do icônico filme Garota de Ipanema, Leon Hirzman.

Glauco Rodrigues ao longo de sua carreira recebeu prêmios importantes, como o Golfinho de Ouro Artes Plásticas do Governo do Estado do Rio de Janeiro, em 1987 e Ministério da Cultura Cândido Portinari de Artes Plásticas, em 1999. Criou em 2000 um imenso mosaico feito com pastilhas, situado na entrada da Fundação Oswaldo Cruz, em que retratou as históricas expedições amazônicas como também destacou as figuras de Oswaldo Cruz, Carlos Chagas e Louis Pasteur. O artista plástico gaúcho faleceu em 19 de março de 2004, no Rio de Janeiro.


 

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Crédito Imagens:

https://www.escritoriodearte.com/artista/glauco-rodrigues
https://museuvictormeirelles.museus.gov.br/
https://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/exposicao-em-sp-reune-100-obras-de-glauco-rodrigues/

 

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