Alfred Sisley – as sutilezas das paisagens sob o olhar impressionista

Famoso especialmente por suas paisagens impressionistas, Alfred Sisley foi um pintor francês de ascendência britânica. Ao lado de importantes pintores como Renoir e Manet, o artista ajudou a dar voz ao Impressionismo na França do final do século XIX.

Nascido em 30 de outubro de 1839, em Paris, Alfred Sisley era filho de ingleses que haviam se erradicado na capital francesa. O pai de Sisley era diretor de uma empresa que atuava no comércio de exportação de flores artificiais para a América do Sul. Por isto, aos 18 anos, Sisley foi enviado para Londres para estudar comércio entre 1857 a 1861.

Entretanto, o jovem aproveitou a viagem para visitar diversos museus ingleses e copiar obras de artistas como Constable, Turner e Bonington. Ao regressar a Paris, foi estudar arte no ateliê de Gleyre onde conheceu Renoir, Bazille e Monet. Revolucionários, estes artistas buscavam retratar na pintura os efeitos da luz e saíam para elaborar suas obras ao ar livre, reunindo-se no bosque de Fontainebleau.

A principal influência de Sisley foi o pintor realista Jean-Baptiste Camille Corot, não à toa, suas primeiras obras eram pintadas em tom mais escuro. Posteriormente, o artista francês começou a empregar cores mais claras e vivas, concebidas com leveza e pinceladas mais livres. Assim como Camille Pissarro, foi um dos pintores que mais se dedicou às técnicas características do impressionismo, focando-se principalmente em paisagens que assumiam um tom lírico e de beleza em suas representações. Desta época, destaca-se uma série de pinturas às margens dos rios.

Entre as principais obras de Sisley estão também O canal Saint-Martin em Paris (1870), A ponte em Argenteuil (1872), Ponte no Villeneuve-la-Garenne (1872), Regata em Hampton Court (1874), Neve em Louveciennes (1875), As cheias em Port-Marly (1876), As margens do Oise (1877-78) e Neve em Véneux (1880).

Após a falência de seu pai em decorrência da guerra franco prussiana, Sisley começou a enfrentar dificuldades financeiras, uma vez que passou a viver exclusivamente de sua arte. No ano de 1874 participou da exposição independente ao Salão Oficial de Paris, porém não conseguiu vender nenhuma das cinco telas que expôs. O artista vendeu algumas de suas telas apenas na exposição que ocorreu no ano seguinte, junto com os colegas impressionistas.

Em 1877, Sisley mudou-se para a comuna francesa de Sèvres, onde registrou a aldeia em uma série de telas. O artista continuava enfrentando dificuldade de encontrar compradores para as suas obras, amargando fracassos em exposições ano após ano.

Apenas em 1890, quando participou da exposição da Sociedade Nacional de Belas Artes que pode experimentar algum reconhecimento ainda em vida. Alfred Sisley faleceu em 29 de janeiro de 1899, aos 59 anos.

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Guy Rose – o impressionismo americano

Considerado um dos mais proeminentes pintores impressionistas oriundos da Califórnia, Guy Rose foi um dos primeiros artistas americanos a receber uma menção honrosa no Salão Oficial de Paris. Tornou-se amigo de Claude Monet, pintor que exerceu grande influência no desenvolvimento do seu estilo artístico.

Sétimo filho de um influente senador californiano, Guy Orlando Rose nasceu em 3 de março de 1867 em São Gabriel, na Califórnia. Rose começou a se interessar por arte ainda criança, com cerca de nove anos de idade levou um tiro acidental no rosto e em seu período de convalescença passou a esboçar alguns rascunhos e pintar com tinta óleo.

Após terminar a educação formal, Rose foi estudar arte na Escola de Design de Califórnia, em 1884. Quatro anos depois, viajou para a Europa, ingressando na Academia Julian, em Paris. Já entre 1888-1889 estudou na Academia Delacluse.

Rose voltou para o seu país natal em 1890, vivendo em Nova York onde trabalhou como ilustrador para a Harper’s, Scribners e Century. Regressou à França em 1899 e em 1904 e 1912 ele e sua esposa Ethel Rose, que também era artista, viveram em Giverny, próximos da residência do mentor e amigo Claude Monet.

Envolto no ambiente de inovação proposto pelo movimento impressionista, Guy Rose destacou-se empregando com maestria os principais preceitos da dessa nova escola artística. Assim como o amigo Monet, adquiriu o hábito de pintar a mesma cena em diversos momentos do dia para registrar os diferentes efeitos da luz sobre a paisagem. Entre as principais obras de Guy Rose, destacam-se A Catedral (1910), The Green Mirror (1911), No Bosque de carvalhos (1919) e A Modelo (1919).

Contudo em 1914, os Roses vão morar permanentemente em Los Angeles, após sofrerem os efeitos de intoxicação pelo uso de tinta óleo, que na época ainda recebia chumbo em sua composição. Em Los Angeles lecionou e atuou como diretor da Escola de Arte Stickney Memorial. Já em 1921 o artista sofreu um derrame que o deixou paralítico. Rose faleceu em 1925, em Pasadena, na Califórnia.

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Camille Pissarro – O mais fiel dos impressionistas

Considerado um dos líderes do movimento impressionista, Camille Pissarro foi o único artista a participar das oito exposições realizadas pelos impressionistas. Sua obra destaca-se principalmente por explorar os efeitos luminosos em paisagens ao ar livre, usar cores vivas e pinceladas suaves, além de adotar a técnica do pontilhismo em algumas telas.

Nascido Jacob Abraham Camille Pissarro, em 1830, na ilha de São Tomás nas Índias Ocidentais Dinamarquesas, com 11 anos foi enviado à Paris para estudar em um colégio interno, retornando posteriormente à Ilha de São Tomás para cuidar dos negócios da família. Desde cedo nutria uma paixão pela arte, tornando-se amigo do pintor Fritz Melbye a quem acompanhou por dois anos em uma expedição para estudar a fauna e flora venezuelana.

Partiu para Paris aos 23 anos, onde conheceu Paul Cézanne, Claude Monet e outros pintores que posteriormente seriam chamados de impressionistas. Ao lado do amigo Monet, costumava sair para pintar ao ar livre e foi um dos maiores incentivadores da primeira exposição independente que ocorreu em 1874.

Embora não seja um dos nomes mais lembrados ao se falar em Impressionismo, Camille Pissarro foi um dos poucos a seguir à risca os preceitos impressionistas. Sua obra reúne um conjunto de paisagens rurais e urbanas que exploram os efeitos da luz natural, com pinceladas soltas e visíveis, cores vivas e puras. Entre as suas obras mais famosas destacam-se Le Verger, Les châtaigniers à Osny e Place du Théâtre Français. O artista francês teve como discípulo o famoso pintor pós-impressionista Paul Gauguin.

Sua paleta cálida captava com precisão os efeitos luminosos, o que o tornou um dos mais importantes paisagistas do século XIX. Camille Pissarro faleceu aos 73 anos, em Paris.


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Aprendendo com Monet

Essa dica é um trecho da aula #002 sobre a pintura da “Árvore Inundada”, assista ao vídeo completo: https://youtu.be/zQ0EmjcatzE
Eu fui buscar inspiração no impressionismo e olhei muito o livro “Monet Water Lilies, the complete series”, Jean Dominique Rey e Denis Rouart enquanto pintava a tela. Mas a minha pintura não é impressionista, é arte contemporânea, e beber na fonte pura dos jardins de Giverny é sempre saboroso, te convido a vir comigo! 🙂

Edgar Degas – A valorização da luz em interiores na pintura impressionista

Nome de destaque do movimento impressionista, o artista francês Edgar Degas, ao contrário dos seus colegas, pintava poucas paisagens ao ar livre. Ficou conhecido especialmente por suas telas que retratam bailarinas, a vida doméstica parisiense, além de uma escolha de paletas de cores que na época eram consideradas discordantes.

Edgar Hilaire Germain Degas nasceu em Paris em 1934 e destacou-se como pintor, gravurista, escultor e filósofo francês. Filho do rico banqueiro Auguste Degas, sua origem abastada teve grande influência sobre as suas preferências artísticas. Após concluir os estudos no Liceu Louis-le-Grand, aos vinte anos, ingressou no ateliê de Louis Lamothe, onde conheceu Ingres, pintor que o aconselhou a valorizar o desenho e não somente a cor. Por exigência de seu pai, chegou a cursar dois anos do curso de Direito, porém não se dedicou aos estudos.

Viveu por cerca de três anos na Itália, onde teve a oportunidade de conhecer e copiar as obras dos grandes mestres do Renascimento, como Leonardo, Rafael e Michelangelo. Nesta ocasião ele iniciou uma das suas obras de renome: Retrato da Família Bellelli, concluída em 1860.

De volta à Paris, conheceu Édouard Manet, responsável por aproximá-lo do grupo de artistas que posteriormente seria chamado de impressionistas. Apesar de ter participado da primeira exposição impressionista, em 1874, Degas relutava em se enquadrar ao movimento e também divergia bastante dos outros pintores. Se por um lado os pintores impressionistas saiam ao ar livre para conceber as suas obras, Degas tinha clara preferência em pintar em estúdio, explorando com criatividade os efeitos da iluminação em interiores. Além disso, a conclusão de cada tela exigia diversos croquis e esboços, o que resultava em obras quase fotográficas.

Destacam-se em suas obras a figura feminina, as cenas de ballet, o cotidiano doméstico e a vida noturna parisiense em que o pintor francês reúne um apanhado de influências que não se conectam entre si e o distanciam cada vez mais do impressionismo. Seus hábitos reclusos também refletiam as suas produções artísticas, consideradas sob alguns aspectos bastante conservadoras.

Entre as suas principais obras estão A Aula de Dança, Depois do Banho, Mulheres Passando Roupa, Os jovens espartanos, além da escultura Pequena Bailarina de catorze anos, trabalho que chocou a sociedade parisiense e inovou por seu um dos primeiros a trazer uma escultura trajando roupas de verdade. Atualmente a escultura faz parte do acervo do MASP, em São Paulo.

Em seus últimos anos de vida, Degas perdeu a visão progressivamente, passando a viver isolado e tornando-se uma pessoa de difícil convivência. Faleceu na cidade de Paris, em 1917.

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Édouard Manet – Arte inovadora com toques de realismo e impressionismo

Considerado uma das figuras artísticas mais importantes do século XIX, Manet dedicou-se a trazer para as suas obras técnicas e temas que desafiavam o conservadorismo de sua época. Dono de um estilo marcante, o pintor francês foi responsável por influenciar diversos artistas, principalmente o grupo de pintores que iniciou o movimento impressionista.

Nascido em 1832, em Paris, Édouard Manet descendia de uma família da alta burguesia francesa. Seu pai, Auguste Manet, um funcionário de alto escalão do Ministério da Justiça queria que ele seguisse carreira em Direito, mas por influência de seu tio materno, Edouard Fornier, interessou-se por arte desde cedo. Sua fracassada experiência na vida acadêmica fez com que buscasse também uma malfadada tentativa de entrar na Escola Naval. Após este episódio conseguiu apoio para estudar no ateliê do pintor Thomas Couture. Dedicou-se então a aprender as técnicas acadêmicas da pintura, como também a copiar os grandes mestres expostos no Museu do Louvre. Algumas viagens pela Europa também lhe forneceram a base para conhecer outros pintores e desenvolver as suas habilidades artísticas.

A natureza sociável de Manet fizera com que ele fosse bem aceito no círculo de intelectuais parisiense. Suas primeiras obras seguiam as normas clássicas da pintura, porém tudo mudou em 1863 quando apresentou para o Salão dos Artistas Franceses o quadro Almoço na Relva.

A obra, que foi exposta no Salão dos Recusados, marcou a ruptura de Manet com a pintura clássica e também causou um grande alvoroço na sociedade parisiense devido a sua composição considerada vulgar, pois até então os nus eram representados de maneira idealizada e não realista como Manet propunha. Contudo o quadro foi de extrema importância para o desenvolvimento da arte moderna. A luminosidade nunca antes explorada daquela maneira, foi considerada como precursora do movimento impressionista.

No ano de 1865, Édouard Manet provocou um escândalo maior ainda ao expor a obra Olympia em que retrata uma jovem prostituta nua. A partir de então, seus trabalhos foram marcados por uma série de recusas pelo salão oficial, obrigando-o a fazer a sua própria exposição.

Apenas em 1881 o seu trabalho passou a ser compreendido e bem aceito, ganhando o direito de participar do salão oficial sem sequer um julgamento prévio. Entretanto, Manet faleceu em 1883, em Paris.

 

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